Attacus atlas

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TOCA
Attacus atlas, 2025
Pinturas - Acrílica



Attacus atlas
Quando falamos de cosmovisão na pintura de encantarias, entramos num território onde a obra não é apenas representação, mas também morada e passagem para presenças, forças e narrativas que se manifestam no visível e no invisível.
Nas tradições afro-indígenas brasileiras, especialmente nas que dialogam com as Encantarias — linhagens espirituais ligadas a floresta e ribeirinhas — a pintura pode funcionar como uma ponte; Carregando signos, cores e formas que não apenas ilustram, mas ativam energias, histórias e relações com o território.
O kurupi presente na segunda imagem do díptico Trata-se de uma medicina sagrada que basicamente é composta de um pó de tabaco moído misturado com outras ervas e pedaços de árvores.
Está associado ao uso histórico, por parte de tribos indígenas especialmente. Nesse caso, é usado de forma ritualística e espiritual, como uma forma de conexão com a ancestralidade e nuances de outros mundos.

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Bemtivi, 2025
Pintura em Acrílica

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Pintura de Rua,
Pelourinho, 2025
Meu Ateliê
Pedra da Sereia, Salvador


Técnicas de pintura por trás da cosmologia
A presença de pintura em mosaicos na influencia africana pode ser compreendida fora do sentido clássico europeu como uma composição visual rica em padrões geométricos, repetições rítmicas e sobreposição de formas.
A ancestralidade é o princípio base e o fundamento maior que estrutura toda a circulação da energia vital
Os ritos de ascendência indigena e africana, religiosos e seculares, reterritorializam a ancestralidade e a força vital como princípios motores e agentes que imantam a cultura brasileira.
Quer nos saberes medicinais curativos, na fabricação de tecidos e utensílios, nas formas arquitetônicas, nas texturas narrativas e poéticas, nas danças, na música, na escultura e na arte das máscaras, nos jogos corporais, nas danças do Maracatu, do Jongo, do Samba, na Capoeira,
nos modos de relacionamento entre os sujeitos e entre o humano e o cosmos e, em particular, na concepção do tempo espiralar
(MARTINS, 2021, p. 62)


